sábado, 12 de dezembro de 2009

Última semana de aula!

Pois é nessa semana tivemos uma festinha com todos os alunos das turmas adolescentes, tudo na sexta -feira. ali na sala 22d reunimos todos os alunos da peça Distrito de Mulheres a Beira de Um Ataque de Nervos, terça a tarde, Da feira de Mangaio ao Tribunal de Rua de São Paulo, quarta de manhã, e Elfos Love, Patins, skate, Amor e Aventura, quarta a tarde.
Mais antes essa mesma turma fez a avaliação do ano.Nesse caso a avaliação foi escrita, desenvolvemos uma espécie de questionário para que os PIÁs, falassem de questões pontuais e também com epsaço para suas colocações espontâneas e críticas em torno do programa.
Foi emocionante ler e perceber o quanto o PIÁ acrescentou nas vidas destes alunos, o quanto estão mais críticos e maduros.

Nossa comemoração foi divertida, cheia de lanchinhos, comidinhas de mãies, salgados, doces, bolos e refrigerantes.

A introzação se deu através de uma dinâmica que eu e o parceiro Thiago propomos e aplicamos, foi muito bom e fez com que todos se relacionassem mais e melhor naqueles instante de confraternização!
Na nossa reunião Artístico Pedagógica, discutimos como as avaliações aconteceram, os formatos: desenhos, escritas, questionários, as questões que surgiram e como encaminhariamos nossas auto-avaliaçãoes; discutimos também sobre as reuniões de pais que ocorreu na semana passada e assistimos os vídeos da mesma.
Abraços
Régis Santos

Abraços gerais

Régis Santos

sábado, 5 de dezembro de 2009

Segunda Apresentação

Como proposto na semana anterior, nossos alunos tiveram a oportunidade de se apresentarem mais uma vez. O mesmo nervosismo e ansiedade foram experimentados.

Quem não esteve presente na primeira apresentação teve a oportunidade de se apresentar e sentir o gelinho na barriga do coletivo.

A mesma peça porém com outros olhares e mudanças depois de tantas conversas. O público também era outro, ao invés de pais e alunos Piás, agora tinham o desafio de se apresentar para seus próprios colégios e pessoas desconhecidas.

Abraços

sábado, 28 de novembro de 2009

Mostra PIÁ para Escolas do entorno do CEU


Após os alunos criarem tantas coisas belas após longo processo de trabalho e apresentarem na Mostra do dia 14/11, foi feita a proposta para a nossa coordenação de apresentarmos aos alunos das escolas do entorno do CEU Sapopemba todo esse material. Por vários motivos:
  • Para assim fortalecermos nossa parceria com essas escolas, já iniciada no inicio do ano.
  • Para fomentarmos novos alunos para as vagas de 2010.
  • Para ampliarmos o olhar em torno dessa ação, tão importânte que está sendo desenvolvida aqui no CEU Sapopemba. Onde jovens através da criação artisticas, vislumbras novas possibilidades para suas vidas em vários sentidos, e se tornem cada vez mais, cidadãos e agentes transformadores, do seu meio e de suas próprias vidas.
Assim, focamos nossa atenção nesta semana pós mostra para os ajustes dos trabalhos criados, ensaios, aquecimentos, desmontagens de exposições, olhares voltados para o Teatro e as Artes Visuais de forma e degustar mais ainda e por mais esse tempo, essas artes dessa turma tão potente.
Em nossa reunião artistico pedagogica, que foi a última coletiva do ano com os demais CEUs do PIÁ, na galeria Olido, assistimos os processos de criação de todos os equipamentos, e é muito bom perceber que esse pragrama tão jovem ainda, segue um~caminho tão possivel de uma unidade em sua ação artistico pedagogica, antes do que talvez se imaginasse. Muitas coisas interessantes e criativas.
Parabéns a todos de todos os CEUs.
Régis Santos

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Pós Mostra!! Ufá!!!!

Após tanto trabalho, muita criatividade, pesquisa e vontade de estar fazedno arte. Agora chegou a hora de conversar, falar sobre os anseios, nervosismos, criações, erros, acertos, lágrimas, frio nas mãos e estômagos, dor de barriga e felicidade.

Tantas meninas e um só rapaz em meio a um Distrito de Mulheres e Beira de um Ataque de Nervos, a peça foi muito bem aceita, as experiências vividas, o exercício do processo em sala de aula posto em ação, servindo como bússola para a tão esperada vivência, de expor a obra artistica que se cria.

E por falar em obra que se cria, as dezenas de peças criadas pelos alunos dentro do Projeto Investigação, também foi bela, muitos trabalhos, dos mais diferentes formatos, das mais diversas formas de expressão dentro do amplo mundo das artes visuais, encataram os olhares.

Então nosso encontro nessa semana pós Mostra, foi assim, muita conversa, risadas, fotos, comentários e claro, ajustes, para deixar o que já foi muito bom é maravilhoso.

Todos estão de parabéns..


Abraço

Régis Santos

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Pesquisa encerrada pronta para ser mostrada

Turma de 13 e 14 anos

A pesquisa do projeto Investigação encerra uma etapa importante e inicia outra. Nossos alunos terminaram as produções para essa semana anterior à Mostra dos Trabalhos. Cada aluno indentificou-se com algum artista a partir de cartões de imagens de obras que eu trouxe na aula passada. Esses cartões serviam como suporte de observações, os alunos escolheram as imagens que bem entendiam e que de alguma maneira se identificava às suas pesquisas. Surgiram escolhas a partir de temas, suportes, luz, cores, linhas, materiais e etc.


Nessa aula todos os trabalhos foram apresentados e as escolhas dos cartões de imagens justificados em frente ao grupo. Cada aluno mostrou ao grupo sua pesquisa e abrimos o espaço para questionamentos e sugestões. Foi muito bonito ser como cada um se colocou ao grupo. A discusssão a respeito das pesquisas é madura e fomentadora de novas questões. O trabalho nasceu genuíno e permanace muito pessoal e honesto. Os alunos dizem tão sobre eles mesmo a partir dessa pesquisa plástica que nem eles mesmos imaginam. É emocionante mesmo.

O próximo passo é pensar o ONDE e o COMO mostrar essas pesquisas. Durante esses meses de trabalho essas questões foram levantadas para que se pensasse esse 'lugar' do trabalho. Agora chegou esse momento e aproveitamos essa etapa para mais um e importante aprendizado. Cada aluno percorreu o espaço do 'BEC' destinado à Exposição da Mostra do PiÁ e depois de um tempo se encontrou com o seu próprio trabalho. Também foi dado à eles a responsabilidade da montagem e os materiais que seriam destinados para esse fim. Pensamos a respeito da luz, alturas, se o trabalho estaria pendurado, no chão, em um suporte, ou em outra solução.


Encerramos essa etapa e pudemos conversar. Alguns alunos gostaram mais da montagem do que da própria produção. Outros disseram que não imaginam o trabalho que dava para mostrar o trabalho às pessoas. Outros comentaram de como mudava o trabalho no momento em que o mesmo saía do espaço de sala de aula. Montamos também uma mesa destinada aos "diários de pesquisa" de cada um. O expectador que frequentar a exposição tem a liberdade de mexer nos diários que desejar e acompanhar o processo do aluno durante o desenvolvimento da pesquisa nesse semestre. A produção artistica saiu de um pedestal imaginário do inconsiente coletivo e voltou aos seus verdadeiros donos, os artistas, pessoas comuns e criativas.



fotos da artista-educadora Sueli Bonfim

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Semana que antecede a I Mostra do PIÁ

Peça de teatro na mão, ensaios no gatilho, obras de exposição do projeto instigação a toda prova.
Agora estão já com textos compreendidos, falas fixadas não só na memória mais também no corpo, no ser de cada um. Eles criaram cenas extras que ainda não serão possiveis entrarem neste exercício cênico que apresentarão neste dia 14/11, mais que possivelmente serão trabalhados posteriormente, mais o que eles já tem, é muito bom e na medida para o momento.

Trata-se de Distrito, Mulheres a Beira de um Ataque de Nervos, texto eu desenvolvi a partir de pesquisas jornalisticas, notícias e materías que tratassem de situações reais destes personagens, que eles criaram anteriomente em sala de aula, como já dito aqui anteriomente, e que após essa pesquisa, ficaram assim: Uma delegada e uma escrivã de tpm, uma enfermeira que tem uma filha Emo e ambas são presas por vários motivos, uma tenente lésbica, um mauricinho arrogante, uma modelo que bateu na empregada, uma curandeira trambiqueira e uma funcionária pública golpista, todas essas personagens estão numa delegacia e passam por situações hilariantes com o poder policial, num momento de total nervosismo de todas as personagens. O personagem masculino o mauricinho, sofre também as consequências de sua arrogância e de estar em meio a mulheres a beira de um ataque de nervos, o final é uma bomba. Não vou contar aqui.
Muito ensaio, muita dedicação e o grande dia está chegando.


Na nossa reunião artistico pedagogica, fizemos os textos de divulgação, os convites aos país, articulamos as estratégicas e logisticas e acertamos as pendências de produção geral, tudo isso com relação a Mostra. Falamos também de renovação de contrato e fechamento de ano.

Abraços
Régis Santos

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Reta Final

Os alunos ficaram surpresos quando se depararam com a montagem produzida a partir da pesquisa que haviam realizado com as genesis de cada um. O professor Régis se responsabilizou em criar um situação dramática a partir de todos os personagens que surgiram ao longo desse processo de criação do alunos. A reação foi muito positiva de cada adolescente no momento de se reconheceram dentro do texto a partir de seus respectivos personagens. Fizemos leituras para reconhecermos o texto que ainda parecia novidade. As leituras seguintes ajudaram a nos familiarizarmos com as questões presentes dentro do exercício cênico. Os alunos deram sugestões, nós oferemos outras e ainda abrimos espaço para que durante essa semana que se passasse, eles pudessem criar outras cenas cabíveis dentro daquele enredo, aproveitando ao máximo as características que cada personagem. Também estão se deparando mais uma vez com a necessidade de estudar e pensar os diálogos propostos em cena, não apenas uma "decoreba" das frases, mas pensar em como reproduzir e convencer a partir do corpo o que todas aquelas palavras juntas permitem.




A pesquisa plástica vai a todo vapor. Nessa aula, antes de voltamos a cada projeto, gastamos um tempo observando produções de outros artistas. Assistimos ao grafite animado do grupo argentino MUTO, conversamos a respeito de como ele é feito, onde e como é apresentado e a sensação que cada um teve depois de assistir a apresentação. Vimos ainda uma seleção de fotos do portifólio da Aira, um vídeo da Paula Dalgalarrondo e o blog da artista portuguesa que produz bonecas, Rosa Pomar. Observamos como a artista coloca referências do que ela gosta dentro do blog, um espécie de diário como a que os alunos estão fazendo: fotos, imagens, frases, poesias...

Estamos na reta final. A proposta para a aula que vem é conhecermos o Diário de Pesquisa de cada aluno e caminharmos as pesquisas para uma conclusão. A partir daí pensaremos em como e onde expor cada trabalho.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Personagens, pincéis, colas, tesouras, figurinos, madeira, maquiagem, textos, tecidos, idéias, decoréba, obras, personagens: Testro X artes Visuais!!

O processo de pesquisa tanto para as artes visuais no projeto investigação, como na criação de personagens para encaminharem para o exercício cênico que apresentaram em breve, está a todo gás, a toda força de criatividade, iniciativa e boa vontade de fazer tanto a exposição, quanto a montagem acontecerem.


Estamos felizes como Arte-Educadores, com uma turma coêsa, firme, bonita na criatividade e inspiradora na vontade, isso não é pouco para estarmos assim.

Vamos aguardar e convidar a todos para que em 14 de Novembro compareçam a nossa I Mostra Local do PIÁ CEU Sapopemba.

A nossa reunião artístico pedagógica foi geral e galeria Olido.

A palestra com Márcia Lagua, foi inspiradora, é sempre bom alimento poder partilhar da experiência de outro colega. Ela nos falou do tema de seu livro e suas vivências na EMIA:
Arte e Construção do Conhecimento na EMIA".

Entre as muitas coisas boas expostas por ela, ficaram em minha mente, algumas citações para refletir:

  • Buscar interface entre cultura e educação.

  • Aprendendo com o aluno o que ensinar.

  • Na palavra projeto está contida a idéia de vir a ser e se disigna tanto o que nos propomos...

  • Considerar cada um (aluno) na sua realidade, no grupinho e no coletivo geral.

  • Caracter aberto de planejamento " Sabe-se como começa, mais não como termina, é como uma história que não se sabe o fim".

  • Transgressão daquilo que é tradição para mim.

  • A questão da área de preferência do aluno? Demonstra mais na interdisciplinaridade, na ação, mais do que na fala.

  • Como lidar com a inconstância da frequência dos alunos, para fazer um projeto, dar continuidade? Pensar no porque elas saem? O que mudar?

Enfim, um mar de pérolas para crescermos juntos.

Parabéns a coordenação Pedagógica geral do programa e pessoal dasala CEU.

As coisas estão seguindo num rumo próspero, isso é muito bom e animador.

Abrações

Régis Santos

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Como se faz um Ateliê

Mais do que um espaço ideal para se trabalhar, pincéis organizados, papéis à disposição, uma mesa espaçosa ou mesmo um grafite bem apontado. O Ateliê é um espaço vital. Uma arquitetura de produção e pensamento.




Nossa sala ainda deixa muito a desejar se comparado a um estereótipo de espaço físico de trabalho plástico. Porém já existe desejo e necessidade de se transformar materiais. Existe vontade e interesse para a pesquisa de realização de idéias. Idéias que não cabem dentro de uma caixa, nem mesmo tem um nome definido. Nem mesmo categoria existe para essas novas idéias.

Nasce o respeito e a curiosidade para com o outro. 'Bonito', 'bem feito', 'melhor' já são palavras que tenho ouvido menos.




Surge a atitude de uma ateliê dentro de sala. Nossos alunos estão à duas semanas mergulhados em suas respectivas pesquisas de investigação visual. Nessa aula, colocamos na mesa em nossa frente cada processo de cada alunos. Como grupo, fomos fazendo perguntas e sugestões que contribuíssem com a pesquisa do colega. "Como vc fez isso?", "O que vc pretende fazer agora?","O que deu certo e errado até agora?". Como os materiais em pesquisa são diversos, os alunos têm muito o que contar e até sanar dúvidas que surgiram no meio de algumas propostas. O diário de pesquisa surge de todas essas conversas e experimentações. Mostrei alguns artistas que se relacionavam de alguma maneira com alguns trabalhos que já caminhavam.

As pesquisas continuam a todo vapor.

No segundo momento da aula conhecemos personagens. Sim, nossos alunos pesquisaram durante a semana o personagem que havíam sorteado na aula passada, cada personagem uma cor que o identificava e consequentemente ajudava a caracterizá-lo. Os alunos organizaram um figurino condizente aos personagens. Se vestiram, se prepararam, respiraram e... enfrentaram essa possibilidade de ser outra possibilidade, de viver outro nome, outra história, outras manias e costumes.

A partir de exercícios cênicos os alunos puderam explorar e fomentar as necessidades que os personagens exigiam. Como era o andar, o respirar ou mesmo uma situação cotidiana, como a personagem reagiria? Foi surpreendente e envolvente.




Para a proxima aula, nossos alunos continuarão investigando como vive esse personagem e para ajudá-los, irão procurar alguma noticia de jornal que tenha um relato de alguém que se relacione ao personagem trabalhado. Se tiver imagem melhor ainda.

sábado, 3 de outubro de 2009

Ação Dramática e enfim gênesi e alma da personagem!!!

Nesta aula, aprenderam o que faz uma personagem mudar de estado, o que detona a alteração de humor que muda o físico, a voz, a expressão da face, a situação psíquica e consequentemente o comportamento de uma pessoa?

Mudança de Ação dramática!

Através de exercícios, compreenderam como se dá essa alteração, o que isso significa na personagem e na compreenssão física, sensorial e intelectual do ator.

Uma palavra que causa uma mudança, e outra que causa outra e assim segue, construindo situações mais aprofundadas e desenhadas na situação cênica, fazendo com que eles percebam-se como seres normais na cena, porém imbuidos de uma personagem, percebem neles mesmos ali, um domínio da situação provocada, uma condução do lugar a percorrer, com critica, clareza, e envolvimento. Adiquirem técnica.
Depois tivemos um trabalho intenso em torno de jogos e exercícios com côres, que através delas se chegou em personagens pelo estímulo e auxilio destas côres.
Agora irão criar a história deste personagem utilizando todos os meios adquiridos nestes mêses todos, acrescentando claro, a gênesi da personagem, onde nasceu, nome completo, com quem vive, viveu, vontades, sonhos, ancestrais, traumas, marcas, familiares, falta dela, gostos, desejos, enfim, uma imensa história de vida para alimentar a criação e a execussão do trabalho.
Na próxima aula trarão essa personagem no corpo, na voz, na rspiração na voz, na expressão enfim, neles totalmente e faremos o fechamento dessa fase
Em artes visuais o progeto de investigação continua, com a confecções de materiais, referencias no diário, e pesquisa junto a materiais trazidos pelos alunos.
Régis Santos

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Produção Total

Turma de 13 e 14 anos

Analisamos em grupo os objetos e imagens pessoais trazidas pelos alunos. Os alunos trabalham como investigadores a partir das referências trazidas pelos colegas. Como aquele cd de música ou aquela foto têm a dizer a respeito daquela pessoa? E esse objeto? Esse batom? Essa blusa? Essa carta?

Também mostramos dois livros (Panorama das Artes do MAM de São Paulo) que privilegiava em suas páginas a maneira como os trabalhos eram expostos. Discutimos a respeito de como aqueles artistas decidiam mostrar seus trabalhos. Como os apresentavam nas paredes ( quando estavam nas paredes). Que materiais eram utilizados para realizar aqueles trabalhos (rapadura, vinil, batom, foto, tinta...).

Em seguida foi o momento de colocar a mão na massa! Nossos alunos escolheram seus respectivos materiais para começar a trabalhar. No final do período já existiam muitas pesquisas iniciadas.


Nossos alunos também fizeram um grande recapitulação a respeito de todas as ferramentas cênicas apreendidas até então. Era preciso fazer uso desses recursos como um todo e não entendê-los isoladamente. Para as cenas dos próximos exercícios, a atenção deveria atender a respiração, foco, conflito, objetivo, conflito, prontidão... enfim, tudo!

domingo, 20 de setembro de 2009

Subtexto e criação de imagens!!! Quanta verdade se conquista na cena!!!

Estamos trabalhando à algumas aulas em matérias pontuais em teatro, que fazem parte do fechamento de um ciclo, aliás muito importânte desta fase vivida deste o início do ano, nossa investigação de técnicas básicas para teatro, e falamos desta vez de subtexto e criação de imagens.
O aluno precisa saber a importância do que faz em cena, seus detalhes e ter noção da capacidade de repetição exata, do gesto, da fala, das expressões etc. Mais não se trata somente disto, ele tem também que ter um pensamento sobre aquilo que está fazendo, manipulando, pondo no corpo em movimento, e para isso, o subtexto é uma ferramenta fundamental, e sua presença é necessária na ação.
Aliado a ela também temos que ter presente a capacidade de criar imagens, trabalhando com o resgate de lembranças e capacidade imaginativa de sonhos futuros, tudo através da imagem produzida pelo pensamento em ação, ele da vida ao que se pensa, se fala e através deste exercício colocamos uma platéia em real conexão com o que estamso falando. Só podemos fazer com que um espectador veja o que vivemos na cena, se nos mesmos interpretes, vermos, e para vermos, temos que criar imagens, que precisa de subtexto, de fé cênica, e tudo se mostra atrvés do olhar, (os olhos) a mais importânte parte expressiva de nossa face nesse caso, por ela dizemos com verdade ou enganamos a nos mesmos.
Com muitos exercício com garrafa de água para repetição, criação de imagens focadas por propostas orientadas por mim, nos divertimos muito essa semana e os PIÁs adolescentes, descobriram um pouco mais de si e da mágia do teatro através de seus próprios intrumentos: o corpo e suas sensações e emoções.
Nessa semana nossa reunião artístico pedagógica foi geral e na Galeria Olido, tivemos entre outras coisas um bate-papo com Berenice arte-educadora da EMIA que compartilhou conosco experiências no Fladem e algumas outras vivências importântes que já temos no dia a dia do PIÁ e outras que nos alimentam mais como:
  • Compartilhar no processo pedagógico criativo.
  • Ter sempre uma programação de aula, porém aberta para mudanças de acordo com o que rolar.
  • Trabalhar por exemplo o Teatro através do teatro, mais com espaço para a criação coletiva através dos alunos, à partir do fazer sensível e inteligente.
  • A importância de se ter uma proposta focada já desde o início do projeto do ano, principalmente quando se tratar de um parceiro que você não conheça, alguém que esteja iniciando uma experiência sem saber a metodologia do colega.

Em breve no CEU Sapopemba teremos nossa mostra e estamos a todo gás para que nossos alunos fiquem felizes e se divirtam com sua próprias criações e resultados.

Abraços

Régis Santos

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Roteiro do Projeto Investigação

Apresentamos o ROTEIRO do Projeto Investigação para orientar nossos alunos para as próximas aulas. Apesar de estarmos em setembro, em um piscar de olhos o ano já acabou, por isso um roteiro para que nossos "pesquisadores" não se percam nesse caminho de produção. Como pretendemos por a mão na massa nas próximas aulas, os levamos para conhecer a sala de materiais do PIÁ. Também conversamos a respeito das imagens que alguns alunos trouxeram a respeito deles. Como poderíamos descobrir idéias a partir dessas escolhas?

Aqui está nosso roteiro na íntegra:



"De quais formas podemos falar sobre nós mesmos? Será que objetos, materiais, idéias, músicas ou danças poderiam nos ajudar? Cada um de nós é formado por um “mundo” de escolhas, coisas que gostamos, ou mesmo odiamos. De alguma maneira nossa vida é formada por essas escolhas, escolhas tão pessoais que nos transformam em personagens únicos. Como poderíamos apresentar essas escolhas de uma maneira interessante para o outro que nunca me viu? Como poderíamos falar de nós utilizando outros materiais para responder essa pergunta?


1º Passo: Material Coletado

O material que coletamos durante essas duas semanas vai nos ajudar a entender características pessoais de cada um. Em grupo vamos reunir essa coleta de imagens e objetos para descobrir o que os outros vêem sobre você e o que podem acrescentar sobre sua seleção e conseqüentemente, seu projeto Já notaram que muitas vezes a imagem que as pessoas têm sobre nós não é exatamente a mesma que temos sobre nós mesmos? Lembrando que vocês todos são investigadores e todo bom investigador deve registrar todas essas pistas.



2º Passo: Diário de Pesquisa

Como já foi dito, nosso trabalho acontece em duas partes: o diário de pesquisa e o trabalho final. O diário de pesquisa é nada mais e nada menos que um local escolhido por vocês para registrar TODAS as pistas dessa investigação pessoal. No diário pode conter as observações das outras pessoas, os materiais que cada um estará experimentando, as escolhas que deram certo e as que não deram, imagens que tenham a ver com a idéia, frases, fotos .........enfim, qualquer coisa que apareça na sua investigação de auto-retrato.




3º Passo: Artistas Parceiros

Gostaria que dentro do diário de pesquisa aparecessem no mínimo (pode mais, claro) dois artistas que de alguma maneira se identifiquem com o trabalho que você está produzindo. Lembrando que quando digo artistas estou me referindo a qualquer tipo de arte, seja artes plásticas, música, teatro, cinema, dança, HQ, ou mesmo outra área que tenha a ver com você (tenha a ver com a sua idéia, ou com o seu material, formas, imagens e etc).


4º Passo: Trabalho Final

Enquanto o diário de pesquisa está sendo feito, nasce junto o trabalho final. Agora cada um tem que trabalhar muito para resolver essa missão. Todos os materiais possíveis da sala PIÁ estarão à disposição de vocês. Para outras idéias de materiais teremos que correr atrás e por isso é importante focarmos nosso objetivo para darmos conta desse projeto até 27 de Outubro( lembrando que dia 31 e 01/11 são os dias previstos para a nossa mostra, ou seja, tudo organizado e pronto para ser apresentado).


5º Passo: Apresentação do Trabalho Final

Como apresentaremos o trabalho final? Faz parte da pesquisa pensar onde e como seu trabalho será apresentado. Ele pode ser pendurado em uma parede, gravado em um cd/dvd, no chão, dentro de uma caixinha, lido, interpretado, usando sons... enfim, mostrado do jeito que cada um decidir ser mais adequado ao seu projeto.
E o lugar? Dentro de uma sala? Em algum espaço do CEU? Fora do CEU? É um trabalho de escutar, de sentir, de comer, de se ver....? Todas essas respostas cada um de vocês é que vão descobrir. Certo investigadores?"

Aira Bonfim

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Organização da sala de materiais!!

Muita chuva, ausência geral de alunos, alagamentos fatais na cidade e todos nos ali, sem córum, arregassamos as mangas e fomos para a arrumação da sala de materias do PIÁ.
Importânte, pois vimos que nossa interação não se da somente na sala de aula, no trabalho artístico, criativo, se bem que precisamos de muita criatividade para arrumação dos materiais e colocamos tudo a serviço desta ação.
Um empilhando tubos de tintas, outros encaixotando pincéis, figurinos, espumas, colas, instrumentos, uma linha de produção de artístias operários do amor a arte e ao bom trabalho coletivo, organizado, criativo e positivo.
E agora a sala está ótima!!!!
Êbaaaa!!! Viva o querer.
Saudações
Régis e Aira.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Projeto Investigação: parte2



Investigação em ação.

Nesse momento os alunos continuam procurando referencias que dizem respeito à eles mesmos e consequentemente nos ajude no projeto de criação do nosso 'auto-retrato'. Passamos uma parte da aula exclarecendo dúvidas e integrando os alunos faltosos ao projeto.
Para ajudá-los, eu, Aira, trouxe alguns materiais relevantes à minha pesquisa pessoal de produção. Alguns desenhos da minha primeira infancia, que obviamente não diziam sobre a profissão que escolheria hoje, mas diziam a respeito de algumas escolhas, de formas, de cores e suportes.
Mostrei um trabalho de desenho realizado em 2004, uma faixa comprida de desenhos coletados durante um periodo daquele ano, além de uma sequencia de fotografia de outro projeto. Instiguei os alunos à se relacionarem de forma questionadora e de pesquisadora sobre os trabalhos. Levantaram 'porques' sobre as escolhas que eu mesma havia optado em relação ao material, suporte e principalmente, em relação às imagens presentes.
Encerramos essa etapa da aula com o trabalho da artista frencesa Sophie Calle. Levei para os alunos o catálogo da última exposição dela, aqui no SESC Pompéia. Lí os textos sobre "Cuide de Você" e a carta que a artista recebeu. Analizamos como Sophie fazia a investigação dela, e principalmente, quais ferramentas, recursos e materiais ela utilizava para isso. A única diferença entre ela e nós é que a pesuisa dela começou a um tempo maior, só...

Investigando a Identidade de forma dramatizada.

Foi um primeiro investimento na investigação da identidade fazendo fusão com o universo da arte-dramática, exercícios relembrando situações da semana, uma frase que lembrassem algo ocorrido na semana, transformassem em frase, e trouxessem o estado emocional, qual o conflito que tinha nessa situação, qual a sensação que o corpo percebe nessa sensação e o que alterou no seu estado físico.
Criação de cenas em grupos, lincando as situações propostas, fazendo ter um sentido na ação dramática, uma amarração, onde se trabalhou todos os itens já estudados até então.
Também tivemos mais exercícios de Fé Cênica.
Em nossa reunião artístico pedagógica, falamos e articulamos ações em torno da divulgação nas escolas que deu super certo, explanação sobre metodologia executada com relação ao PIÁ, foi revista e alterada a data do Processos em Ação para após a mostra, e discutimos um pouco com relação a proposta que eu formulei.
Régis Santos

domingo, 30 de agosto de 2009

Sensações e não sentimentos e Fé Cênica

Nova fase, momento de falarmos do que vem na sequência, após a conscientização de conflitos e vontades e contra-vontades, o aluno já assimilou na prática o papel da respiração na vida física do interprete, o quanto é fundamental a compreensão e o exercício desta consciência na cena.


Agora, estamos num novo momento, uma nova investgação, o passo seguinte é aliar estados emocionais, conflitos, vontades e contra-vontades, rubrícas de cada personagem em nosso corpo de forma a entendermos tudo isso como sensação física que alteração o corpo através da respiração e não sentimentos. Assim se deu a aula, com vários exercícios, o entendimento do corpo com suas dimensões opostas, corpo alto-pequno, grosso-fino, rápido-lento, quante-frio, leve-pesado, e através desses antônimos como aquecimento, eles foram longe em várias outras vertentes desse pensamento e se divertiram nesse caminho.


Falamos e exercitamos bastante também a fé cênica, como trata Constantin Stanislavsk. O ator tem que saber o que faz em cena, como se move, para onde olha, qual sua condução fisica e psicológica na cena, no momento da atuação, dai iremos compreender a importância do sub-texto; que vem a ser estar pensando ao agir, pensar no que te motiva e motiva a personagem, te provoca e também a personagem, e também o pensamento no sentido mais técnico da questão, ou seja, é pŕeciso sabermos, para onde andamos, para onde olhamos, o que tiramos daqui e colocamos ali, onde? Com que gesto? Qual precisão? Isso requer atenção, respiração, concentração, memória!


Assim, através de objetos, adereços e figurinos, trazidos por todos, montamos:

  • Uma grande feira para exercitar a venda, o convencimento, a argumentação em torno da improvisação.
  • Cada um se vestindo, mais pensando no que veste, o que escolhe porque escolhe, o que dispensa, seus porques, enfim se produzem totalmente, após essa produção o exercício de escrever, pontualmente o que fez, o que escolheu e dispensou e seus porques.
  • Trabalhamos também a ressignificação desses objetos trazidos, transformando-os em objetos cênicos que não sejam o que realmetne são, e assim exercitar o auto-convencimento desta transformação e lidar com ele neste plano do faz de conta, com convencimento. Foi interesantíssimo.
  • Por fim, cada um trouxe um objeto esdrúxulo e tinha que improvisar uma venda, dar mil e uma possibilidades de utilização deste produto em algo muito bom e importânte para a sua vida, a medida que fala, todos os demais presentes, iam questionando o vendedor, perguntando, mudando o rumno da abordagem com provocações a cerca do tal produto, um grande exercicio de criatividade, improvisação, argumentação e claro, fé cênica.
Foi tudo muito bom e acredito num vasto caminho de possibilidades de criações futuras.



Régis Santos

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Projeto Investigação

Partimos para o desafio do ‘Projeto Investigação’. Tivemos uma conversa longa a partir dos auto-retratos que fizemos nos exercícios do mês passado. Do quê de fato se trata realizar um auto-retrato? O auto-retrato de trata única e exclusivamente de um desenho de nós mesmos? Destrinchando a palavra auto-retrato, concluímos que nos retratar é falar sobre nós de alguma maneira, de uma maneira menos explicita talvez. Poderíamos falar sobre nós a partir de muitas referências, gostos e opiniões.


Colocamos diversos trabalhos de diferentes artistas plásticos na roda e começamos a analisar as informações que aquelas obras traziam a respeito de seu autor. De quais maneiras podemos falar sobre nós mesmos? Quais os recursos para melhor explorar essa idéia? Havia artistas que partiam de imagens, outros de abstrações, de idéias claras, de metáforas. Usaram tinta, fotografia, vídeo, instalação, desenhos, gravura e objetos para compor uma idéia.


Desafiamos então aos próprios alunos iniciarem uma pesquisa auto-retrato. Cada um se aproximaria de sua idéia, seu material, seu suporte, sua cor. O registro do processo mapeará essas próximas nove aulas até o período de término das aulas do segundo semestre. Foi um desafio e tanto, estamos ansiosos para os próximos capítulos.


"Exercício de desfunção dos objetos em cena"

domingo, 23 de agosto de 2009

O Real Retorno com nossos Piás!!!!!

Um gostoso bate-papo para comentarmos as coisas, as férias, as diversas atividades feitas, as viagens, passeios, precaussões contra a gripe Influenza, o recesso prolongado, a saudade, até chegarmos no que se lembravam de nossos últimos estudos, exercícios, anotações, e assim refazermos a real conexão com o Teatro, as artes Plásticas, o corpo, a Música, o fóco, a Dança, os conflitos, as vontades e as contra-vontades, enfim o universo que estamos lidando.
Começamos a rever primeiro de forma verbal, perguntas, provocações, idéias, memórias boas, memórias falhas, relapsas, atentas, teve de tudo.
Depois fomos ao registro do teórico, canta e papel nas mãos e vamos relembrar na escrita? E foi ótimo, estimulante, e claro, sempre com alguns reclamões de plantão, que depois tomaram gosto na coisa, é sempre assim, é só estimular a memória, as lembranças, os exemplos, enfim, tudo que está guardado da caixola, e assim seguimos à prática, a mão na massa, e foi uma delicia revermos com o corpo, a respiração a vida, tudo o que já tratamos:
  • RESPIRAÇÃO EM U
  • FÓCO
  • ESTADOAS DE ATENÇÃO
  • POSTURA
  • ALONGAMENTO
  • VARIAÇÕES DE PLANOS
  • DANÇA EM ESTADOS CÊNICOS
  • BLÁ-BLÁ-BLÁ
  • RÚBRICA E ESTADOS EMOCIONAIS
  • VONTADE E CONTRA-VONTADE

Agora sim, depois de revisto tudo, aguardamos para a semana que vem os alunos ainda ausentes e já teremos novas experimentações, jogos, descobertas da emoção, da técnica, do estar no jogo através do corpo e da respiração!

Nossa reunião artístico Pedagógica foi geral e no oitavo andar da galeria Olido, foram apontados de forma escrita, várias considerações de como melhorar o Programa, citando suas deficiencias e elogios, no que se refere a questões administrativas,a rtísticas e pedagógicas. Ficou combinado e programado o agendamento de uma reunião geral entre os corrdenadores do Programa e coordenações de cultura dos NACS.


Régis Santos e Aira Bonfim

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Por duas semanas no retorno as férias, divulgamos, recreamos, brincamos e exercitamos o Lúdico junto á vários Piás!

As duas semanas iniciais do segundo semestre, foram utilizadas para divulgarmos o PIÁ junto a crianças de outras escolas que estavam presentes no CEU. Foram feitas atividades lúdicas diversificadas, que divertiram os alunos sem descaracterizar a forma de trabalho peculiar do Projeto.

Todos se divertiram muito, aproveitamos para orientá-los na prevenção da nova gripe, através da higienização das mãos e outros procedimentos e em reuniões discutimos diretrizes para o segundo semestre.

Saudações

Régis Santos e Aira Bonfim

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Auto Avaliação

Turma de 13 e 14 anos


Construímos um retrato-rosto em grupo. Cada pessoa do grupo era responsável por desenhar um elemento do rosto e também a ajudar como modelo dos elementos do rosto. O grupo antes mesmo de desenhar escolhia qual estado emocional desejavam transmitir nesse retrato.

No segundo momento, já com as expressões pré prontas que as revistas nos oferecem, começamos a construir retratos com esse rostos. Só que era uma colagem de muitos rostos, daríamos a nossa “cara” a esse retrato de mentirinha. Surgiram combinações engraçadíssimas e outros bizarros.

Também demos continuidade as narrativas trazidas pelos alunos e analisamos as histórias. Depois partimos para uma auto-avaliação do semestre. Perguntamos sobre mudanças, problemas, expectativas e idéias.

Encerramos o semestre com pic-nic!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Ação do Desenho

Turma de 13 e 14 anos


Manhã: No início da aula batemos um papo a respeito do desenho: afinal, o que de fato é esse ato de desenhar? Quais as ações envolvidas no desenho? Onde e com quê se desenha? A iniciativa era de encorajar mais os alunos para as propostas de desenho já que existe uma falsa ideia que o desenho é para aqueles ‘nascidos’ para desenhar. Conversamos sobre essa ideia de inspiração para se desenhar, onde a encontraríamos ou ficaríamos sentados esperando uma benção dos céus para então começarmos um desenho?


1º Desenho-Desafio: um desenho de observação do outro feito em um minuto e o mesmo desenho só que executado com a mão contrária- paramos e nos reunimos para observar as características dos desenhos produzidos- diferentes traços, forças, linhas e posições


2º Desenho-Desafio: um desenho-cego e outro desenho feito a partir de uma única linha. Paramos e observamos novamente os detalhes que surgiram.


Também criamos cenas exercitando os conceitos de vontade e contra-vontade. Sozinhos os alunos estão cada vez mais desenvoltos e autônomos para criação e desenvolvimento dos elementos cênicos que eles já dominaram.




Tarde: Na aula passada pedimos como tarefa de cada que cada aluno trouxesse uma história, conto ou outra narrativa e que desconstruísse analisando o ‘protagonista’, o ‘antagonista’, o ‘super objetivo” e a ‘contra-vontade’. Alguns alunos trouxeram e pudemos em grupo analisar as histórias.


Conversamos sobre a peça ‘Jorge, O Pescador Cego’ que os alunos assistiram na última quinta feira. Os alunos estão desenvolvendo um olhar crítico e observador. Também conseguem se identificar com características de determinados personagens e atores.

Estimulamos o mesmo tipo de conversa a respeito do ato de desenhar com essa turma também. Depois desse momento partimos para os desenhos. Essa turma trouxe o espelho só nessa aula e por isso partimos para um auto-retrato de partes: cada aluno sorteou um papelzinho com uma parte do rosto ( orelha, nariz, boca, olhos, sobrancelhas). O alunos então partiam para o desenho da observação do espelho dessa parte sorteada e na sequência buscava essa mesma parte de outras duas pessoas diferentes. Por exemplo: palavra ‘boca’ era sorteada, a pessoa desenhava a sua própria boca e depois mais duas outras bocas de pessoas diferentes da sala.



sexta-feira, 3 de julho de 2009

Espelho

Turma de 13 e 14 anos

Turma -manhã: Procuramos encontrar expressões de nossos rostos praticando estados em frente aos nossos espelhos. Antes de mais nada, observar faz parte de qualquer aprendizado. Perceber todas as variações que nosso rosto nos oferece quando arqueamos uma sobrancelha, mexemos a boca, um olhar.... Junto ao ato do desenho está o olhar, o olhar também adquire conhecimento, precisa se exercitar como qualquer outra ação. Essas expressões foram transmitidas para o papel através do desenho. Aproveitamos o espaço da aula para também conhecer um artista que relacionou muito com o espelho para produzir seus desenhos, seus auto-retratos, o Egon Schiele.

Turma- tarde: Como os espelho pedidos não foram suficientes para fazer a atividade proposta tivemos que adaptar a partir do assunto que estamos tratando. Arrumamos as mesas de modo que cada aluno sentou de frente para outro aluno. Experimentamos diferentes expressões com os nossos rostos e cada dupla tanto observava as transformações como praticava outras.

Quais elementos são significativos para as transformações de nossas expressões?
Os músculos se mexem, e cada estado faz uso desses elementos do nosso rosto: ora nariz, ora boca, ora sobrancelhas, ora olhos e até as orelhas!

A primeira missão de nossos primeiros desenhos foi o de retratar a pessoa a nossa frente. Tivemos muito tempo para observar as características desse rosto, as linhas, os detalhes, as pintinhas...

No segundo exercício, o desenho também retrataria a pessoa a nossa frente, só que agora em 1 minuto. Ficou difícil? Ou simplesmente diferente? E o terceiro desenho propôs o desafio de desenhar em apenas 10 segundos! Como podemos apreender sutilezas da pessoa retrata dentro desse curto espaço de tempo? Como fica o traço? Como dividimos o tempo afim de darmos conta do desenho proposto? É... muitas coisas para se pensar.

Encerramos com um último desafio: o desenho agora seria realizado com a mão contrária. Sim! Aquela mão que nunca foi acostumada a desenhar agora experimentaria fazer traços, ou melhor, retratar nosso colega... Conversamos sobre os desenhos depois de encerrada essa etapa. Observamos as diferenças que surgiram, as diferentes ocupações do espaço do papel, dos traços e características que surgiram nas ex- folhas brancas.

domingo, 28 de junho de 2009

Conflitos - A Vida é Cheia de Som e Fúria! Vontades e Contra-Vontades!


Nesta semana continuamos nosso trabalho com muita vontade de uns e algumas contra-vontade de outros poucos, rsrs... Sempre tem alguns que remam contra a maré, e a vida é assim, assim nascem os conflitos.

Após papos, reflexões e revermos o que se passou na aula passada, tivemos um bom aquecimento físico, sempre seguido pela respiração em U para trazer atenção, segurança, mais capacidade de concentração e corpo em estado de prontidão, tudo o que ajuda a ficarmos mais atentos em meio a tantos conflitos que viriam aula à dentro.

Todos se reaqueceram nos exercícios de conflitos - vontades e contra-vontades de formas individuais, simulações de situações diversas para trazer a tona estados emocionais recheados de conflitos, algo agora mais verticalizado.

Na sequência situações que além de teatrais traziam um questionamento do universo das Artes Visuais, como montar uma fotografia de uma situação conflituosa, sem falar, transmitindo com as expressões faciais e físicas causadas por respirações conscientes, uma leitura para o grupo oponente o acerto ou não desta proposta.

Assim, estimulamos neles o olhar aos detalhes, o cuidadoso foco de atenção preciso ao artista ao ler as obras que perpassam sua vista.

Foi muito bom, tivemos boas situações de vontades e contra-vontades:

Uma briga, com duas pessoas discutindo e duas separando.

Dois penetras querendo entrar numa festa para encontrar a amiga que já estava dentro, mais sendo barrados por dois seguranças.

Uma família dentro de um carro, numa grande enchente, onde o pavor tomava conta de todos, pois tinham esse carro zero, comprado a dois dias, preste a ser carregado, pois já estava de água até os joelhos.

E um incêndio, quatro pessoas num prédio, e querendo se salvar do fogo, sem saber se pulavam de tamanha altura ou não.


Desta forma eles vão percebendo quais os olhares possíveis e essenciais numa situação dramática.



Em nossa reunião Artístico pedagógica, tivemos discussões acerca da: documentação ref. pagto - A divulgação junto aos alunos da fazenda da Juta e Teotônio - Propormos aos alunos um fechamento geral antes do dia 17/07 - Elaborarmos um informe escrito sobre quando para e quando retornam as aulas do PIA - Nossa conclusão de nova abordagens junto aos alunos e pais, de não mais citar as duas mátérias específicas da dupla de Arte-Educadores em questão e sim falar sempre do todo, as quatro vertentes - Criamos também um novo formato de como servir o lanche, junto as novas assistentes que recem chegaram, elas irão levar os lanchares no BEC do CEU para os alunos em horário combinado - E por fim a nossa coordenadora Márcia, propos um breve depoimento de como cada um entende como resultado prático do que se está aplicando nos trabalhos em dupla, como esta interdisciplinaridade está acontecendo e atendendo a proposta do PIA.


Dessa discussão muito bacana surgiram propostas fundamentais e indíspensáveis ao segundo semestre após férias, que ainda não vou relatar aqui, pois ainda são nossos tesouros para o fechamento do ano. rsrsrs!!!



Régis e Aira

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Vontade e Contra Vontade



Turma de 13 e 14 anos




Iniciamos com um exercício rítmico com marcação corporal. Aproveitamos a concentração após o aquecimento para relembrarmos passos importantes apreendidos durante o semestre. Relembramos conceitos importantes relacionados a preparação do ator e contrução de uma cena.




quem- onde - o quê




Contribuímos agora com o PORQUÊ no desenvolvimento das criação. Surge agora um conflito>objetivo>meta.




Os adolescentes passaram a dominar conceitos como: protagonista, antagonista e super objetivo.




A construção cênica passa a pertencer a um grupo de cenas e objetivos fundidos em um objetivo maior, o super objetivo.






Passamos a trabalhar vontades e contra-vontades: músicas colaboram com a criação de estados e assim dominar situações de vontade e contra. Sem fala e muita atuação do corpo, que agora, já se comunica muito melhor do que meses atrás...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A cor pode provocar um estado?



Algumas aulas atrás nós sugerimos essa pergunta após analizarmos alguns trabalhos de diferentes artistas (ver aula: 'Diferentes Tristezas'). Agora que entendemos e trabalhamos o nosso corpo como ferramenta de criação de estados emocionais cenicamente, será possível nos provocármos visualmente?

Os alunos receberam diferentes imagens de artistas plásticos. Em grupo, conversavam sobre a reação que aquelas imagens provocaram, além que compreender e pesquisar a confecção daquele trabalho (suporte, técnica, material, dimensão, título...)

Em grupo pudemos compreender que não existem limites para se expressar visualmente: desenho e pintura podem ser o início de um caminho para se construir uma idéia como também um solução simplismente através desses meios.
(Ódio)

Na sequencia, cada grupo recebeu uma missão: representar visualmente o 'estado' que seria sorteado para cada um. Nessa etapa, imagens, figuras, palavras estavam fora desse jogo. Como então representar um sentimento humano sem artifícios da figura??

Tínhamos papelões, tintas, papéis, tecidos, palitos, linhas e uma infinidade de materiais até estranhos vistos fora desse contexto. O trabalho não tinha limites, só precisa cumprir sua missão: o estado proposto.
(tristeza)

Surgiram soluções diversas para cada estado: cores e texturas foram bem utilizadas. O grupo no final da atividade também escolheria um lugar ideal dentro do CEu para apresentar seu trabalho: um fundo, uma cor, um lugar que estivesse em hamonia com o trabalho e colaborasse ainda mais com a transmissão desse estado. Cada grupo fez uma visita aos trabalhos, nesse momento também nos abrimos para conversar e discutir sobre as idéias presentes em cada projeto. Finalizamos com uma conciencia maior sobre a relação dos materiais e cores para a representação de idéias. O corpo e os materiais falam...

domingo, 7 de junho de 2009

Palco!!! Lugar sagrado do saber!


Nesta terça trabalhamos no palco do teatro, uma aula marcante, e de momentos memoráveis e muitos, pois aquele era o momento de muitos ali, pela primeira vez no sagrado lugar.


Trabalhamos as finalizações deste período de estados emocionais e sensações.


Uma aula de rever momentos importantes, jogos que seriam importantes para fixar pontos importantes vividos e cenas, cenas, discussões em torno delas, apreciação de todos, considerações de erros, refazer a cena, até acertar, tomar consciência.

Estando atentos ao bom uso do palco, aproveitando o espaço cênico real do teatro, a coxia, o procênio, a platéia, (as cadeiras), enfim, estando eles no lugar real/ideal, o palco de um teatro, assim entenderam na prática a importância do foco, da projeção da voz, e foram andando, nessa direção dizendo o texto sem estados emocionais, e localizei, a postura errada, o olhar perdido, a falta de foco, o nervosismo aparente, o caminhar inseguro, e pontuei a importância de se saber onde se está, como se anda, a questão da atitude, a importância do olhar, da necessidade de se impor, como se defender no palco, como fazer bem e bonito, aquilo que tem que se fazer, a simplicidade de forma bela.

Ao término da aula analisamos obras de arte que propunham estados emocionais, sensações atráves de figuras abstratas propostas pela profª. Aira, e eles se separaram em grupos e fizeram as análises e perceberam através das cores e do impacto das informações pela imagem, impressões importantes para o se instigar a investigação e observações estéticas.

Cada grupo fez sua leitura, e fomos descobrindo um pouco de seus universos, suas percepções e suas deficiências culturais, em uma das obras havia uma imagem impactante da opressão dos anos 60 e 70 no país e muitos não sabiam ao certo o que foi o regime de ditadura no Brasil, jovens de 13, 14, 15 e 16 anos, já na 7ª e 8ª séries, com falta de clareza em coisas essências na formação dos nossos cidadãos que farão o Brasil do amanhã, ai eu Deussss, espero que o Teatro e as artes os provoquem estimulem o saber.


Nossa reunião de sexta feira tratou de questões pedagógicas, onde abordamos dificuldades e progressos.

Régis e Aira

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Turma de 13 e 14 anos

Também assistimos ao documentário Ilha das Flores no início da aula. Conversamos sobre a idéia do filme, as impressões e comentários. Pensamos também a respeito dos estados presentes na construção da narrativa do filme: uma mensagem que trás os sentimentos de vergonha, ira e raiva precisa desses mesmo estados para se expressar? Como o estado ironico colaborava com a narrativa?
Será que idéias e soluções criativas são bem vindas para modificar o mundo?

Nos aquecemos com o exercício do " Bom dia, Boa Tarde e Boa noite" em que os estados são testados se utilizando apenas dessas frases. As ações e velocidades mudam conforme a necessidade de cada um se expressar no estado pedido.

Os alunos também trouxeram pequenas frases decoradas escolhidas por eles mesmos. Em dois diferentes exercícios essas frases foram utilizadas para manifestar diferentes estados emocionais.

domingo, 24 de maio de 2009

Estados em Cena!!

Nesta semana tivemos um trabalho mais evoluído em relação ao exercício da cena, de forma bem prática, criamos cenas de situações diversas, divididas em grupos diferentes, onde pudemos explorar as sensações e estados emocionais em circunstâncias dramáticas em interessantes.

Dividimos a sala em grupos e o resultado foi muito interessante, vivenciamos através de cenas que ocorreram em virtude de improvisos e de situações pré-estabelicadas, sempre apoiadas nos estados e sensações. O que focou mais e mais as questões trabalhadas já a algumas aulas.

A aula toda foi uma experiência interessante e com muita conversa, o intuito era fixar mais e mais o entendimento necessário do conhecimento de nós mesmos e o quanto é importante reconhecermos em nossas vidas e nos seres que nos rodeiam esses estados tão variados de emoções e sensações, mais do que reconhecer e saber diferenciar aqueles que são tão similares.

Ao término trocamos muitos sobre a experiência vivenciada e foi notória também a percepção das diferenças tanto das circunstâncias, como das opiniões de cada um, e isso foi legal para alimentar mais e mais a conversa e a possível exploração da nossa relação em cena, com o que nos é sugerido em uma situação dramática em termos de rubrica!

Passamos o informe sobre a reunião geral de pais em 23/05/09 no teatro do CÉU onde temas importantes e fundamentais estão na pauta.

Régis e Aira

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Estados II

Turma de 13 e 14 anos

Continuamos o trabalho intensivo sobre os estados psicológicos. Andamos pela sala respondendo às provocações do professor e assumindo diferentes estados.



Exercitamos o mesmo exercício do "vendedor" feito na aula anterior só que com uma dificuldade a mais: agora o vendedor neutro que assumiria os estados de cada um dos compradores só descobriria em cena qual era o estado de cada um e o reproduziria! Nossos alunos nos surpreenderam muito nesse exercício!



Passamos a explorar os estados a partir de frases prontas. Como a mesma frase poderia receber as diferentes interpretações de cada estado? Gestos, expressões, posturas... O desafio foi grande e continuaremos esse assunto na próxima semana.

Como havíamos trabalhado e visto os estados no teatro, na pintura e fotografia , levamos agora imagens dos espetáculos de dança da Pina Bousch e desenhos do Flávio de Carvalho. Analizamos alguma diferentes imagens e notamos os estados presentes, também conversamos em como os elementos externos contribuíam com a clareza desses estados. Encerramos com a pergunta: Será que as cores são elementos fundamentais para definir um estado?

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Praticando os estados

Turma de 13 e 14 anos

Hora de continuarmos exercitando os estados como havíamos iniciado na aula passada. A proposta era em trios: nesse jogo haveria um modelo ( que proporia o estado em segredo), uma massa (que seria modelada em um estado) e o escultor ( que modelaria a massa seguindo a proposta do modelo). Era importante que praticassem maneiras do corpo de cada um transmitir os estados propostos. Cada um a sua maneira e criatividade. Todos puderam experimentar cada personagem e analisar as construções dos colegas.

No segundo exercício já tínhamos a fala como suporte facilitador dos estados. Nesse exercício estaríamos em um grupo maior. Nesse grupo alguém seria um vendedor de qualquer coisa, esse vendedor estaria sempre em cena e em estado neutro. Cada cliente que entrasse na loja apresentaria um estado diferente e esse vendedor assumiria esse estado tb! os resultados foram muito bons!!

a segunda metade da aula recebemos um presentão! Ganhamos uma visita monitorada à Exposição da Anne Frank que está acontecendo no próprio CEu Sapopemba. Os monitores assim como a próprio Anne tem a mesma idade dos nossos alunos o que contribuiu para as partes se reconhecerem em todos os papéis. Conversamos sobre a vida da menina Anne Frank, sobre o contexto da 2a guerra mundial, sobre Hittler, preconceito, adolescência e o diário que narra a história. Muito bom!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Existem muitas maneiras de se estar triste??

Turma de 13 e 14 anos- manhã e tarde



(turma da tarde, na falta de salas uma árvore serve)


Finalmente nossas duas turmas se aproximaram das mesmas questões do processo de aprendizagem.

Os alunos da manhã se aqueceram a partir de músicas de diferentes artistas e estilos. Sequencialmente conversamos sobre como o corpo de cada um respondia aos diferentes estímulos de cada música. Uma música romântica ou um Tim Maia bem agitado propõe diferentes possibilidades de nos manifestarmos. Os alunos da tarde exploraram maneiras de caminhar e expressar diferentes estados só com o corpo, proibidíssimo fazer uso da fala nesse caso- arrogante, alegre, triste...




Será que no teatro e nas artes plásticas conseguimos medir essas nuances que o corpo produz para um estado? Pedimos aos alunos analisarem algumas figuras de determinados artistas: Portinari( O menino morto),Almeida Jr.(Saudade e Caipira picando fumo), Vicenti Kutka (fotografia de Pablo Di Giulio) e finalmente um retrato fotográfico da atriz Bette Davis.

Queríamos que percebessem os estados emocionais que cada figura nos oferecia. As imagens podiam transmitir essas sensações a partir das expressões e do corpo desses personagens, do cenário construído e do vestuário. Nos exemplo das imagens que oferecemos, todas tiveram a palavra 'tristeza' relacionada a ela. O mais importante é que os alunos perceberam que apesar de tristes, os personagens demonstravam diferentes tristezas e faziam uso desses recursos-como o corpo-para convencer o espectador.



(turma da manhã que está ganhando cara)

No segundo momento das duas aulas, seguimos com o exercício do "glaisinaider" (falas sem sentido e nacionalidade) para entendermos esses estados emocionais do qual estávamos tanto conversando. Os alunos fizeram exercícios praticando maneiras como o corpo e a gesticulação sem palavras poderia convencer os espectadores de nossas intenções e estados.

Estamos com as turmas lotadas graças ao trabalho de telefonar e oferecer as vagas as escolas locais. Essa divulgação interna, com a ajuda de coordenadores de cada instituição colaborou imensamente com a disseminação do PIA. As vagas são oferecidas em salas já com os horário e professores definidos, os grupos de alunos interessados são convidados a participar de uma aula e quando gostam são convidados a realizar a matrícula e assim participar do grupo para o resto do ano.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Técnica vivenciada, cenário criado, vamos à cena!!!






Teatro - Dança - Música - Artes Plásticas
PIA- PROGRAMA DE INICIAÇÃO ARTÍSTICA


Entender o corpo como instrumento de trabalho singular ao artista de teatro é fundamental para a compreensão de como utilizá-lo e de seu grande valor.

Por isso, trabalhamos muito nessa direção com os jovens, no exercício da utilização do corpo numa certa contagem de tempo e de como faço a mesma coisa em um tempo bem menor.

Que novas dinâmicas descubro? Que agilidade aplico a tais diferenças? Qual as sutilezas que ponho a meu favor quando necessário? E claro, e fundamentalmente, como respiro, em que a respiração em U me beneficia neste momento de tamanho estado de atenção e prontidão?

Nossas aulas com essas turmas de 13 e 14 anos estão indo de vento em polpa. Já assimilaram o que é o corpo e suas variações na cena, o que é a subjetividade de um corpo abstrato e o fascínio de torná-lo cotidiano e real aos nossos dias. Já aplicam a isso o foco – ver definição de focos em outras publicações desde blog – de forma interessante, compreensiva e objetiva, deixando que se faça ver o que tem que ser visto e que seus olhos de farol captem o observado de forma certeira, teatral e concisa. Para valorizar a fala e o que se desencadeia disso.

Todo o aprendizado citado, somado à compreensão da importância de um cenário e sua construção, propiciam o aprendizado de um pensamento teatral completo, com tudo que nele é relevante como: as formas imagéticas, cenográficas e expressivas e como nisso é necessário o uso adequado do corpo, da voz, da fala. A compreensão desses quesitos leva o aluno a perceber a importância da simbiose do Teatro com as Artes Visuais, perceber como estes dois caminhos desembocam no mesmo lugar: o da estética.

Todo a experiência vivida pelo aluno, que o conduz a compreensão do próprio corpo, à liberdade imaginativa e à criatividade possibilitam que a sua busca se torne uma conquista. O aluno se torna possuidor de senso crítico e capaz, então, de avaliar o que vê, o como reage, o que faz, o que cria e assim ele apreende os saberes necessários ao fazer teatral.

Essa semana foi assim..., compreender, praticar, criar, encenar!

E assim, partindo do cenário apoiados na valorização da fala, criaram situações e deram vidas a personagens em situações cheias de criatividades.

As cenas foram:

Um local de apaixonados sendo invadido por Monstros.









Uma familia num mundo de ovos de páscoa com se cão.







Uma versão de Lost para o Teatro








Have bem agitada na praia.








E um grande assalto numa Fábrica de Pirulitos








Régis Santos e Aira Bonfim.

domingo, 12 de abril de 2009

Blás glubs trcs tunkws flus!!

Turmas de 13 e 14 anos



Trabalhamos a aula toda utilizando-se de linguagens inventadas. Como assim? Não existe mais o português ou qualquer outra linguagem conhecida, agora éramos obrigados a nos comunicar inventando uma outra linguagem....

O exercício após ganhar confiança dos alunos, passa a ser um fatos fundamental para a exploração de gestos e posturas que muitas vezes acabam por ser esquecidos em cena ou mesmo nunca nem foram pensados. O corpo passa a ser um comunicador e tudo isso vira muita coisa em sala!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Mini Cenário bidimensional

Turmas de 13 e 14 anos

Nossa turma da manhã está ganhando cara! Muito bom, já que a formação do grupo é fundamental para dar continuidade ao projeto de teatro-plásticas.

Trabalhamos consciência corporal, fizemos danças com os colchões, experiências nos planos- alto, médio e baixo. Experimentamos ações cotidianas nesses planos, e na sequencia propomos a criação de uma cena explorando ao máximo um desses planos

E com dois planos dá? Sim....


Nossa turma da tarde conversou sobre os desenhos de escolha de focos feitos na semana anterior. Depois conversamos sobre como os planos poderiam aparecer em uma construção bidimensional. Começamos a construir cenários imaginários em grupo em que se explorasse essa clareza de diferentes planos. Usamos para isso cartolina, tecidos, papéis, argila e palitos

segunda-feira, 30 de março de 2009

Desejo, Necessidade, Vontade!!!

Falar pode ser um desejo...
Pintar uma necessidade...
Desenhar uma vontade...
Ter foco, outro desejo...
Se relacionar com o coletivo uma necessidade...
Transformar o abstrato em cotidiano pode ser outra vontade...
Apreciar a criação dos outros, um desejo...
Refletir e ter senso crítico, mais uma grande necessidade...
Se alimentar com arte, uma grande vontade...

Nessa semana nossas duas turmas de 13 e 14 anos exercitaram todos esses estados.

Manhã de sol e a turma, em sequências de exercicios de blablação, treinou o falar, o diálogo, a expressão da fala, dando à ela o valor ímpar e sutil que tem, revendo suas qualidades, dando mais vazão à escuta de si, para si mesmo e para o outro, prestando mais atenção nas imagens geradas por suas próprias palavras e entendendo melhor o papel do corpo nessa importante necessidade: o falar!

Ainda revisitando, como faremos por um bom tempo, esteve presente o foco, aquele olhar de detetive, atento ao que se quer, ao que se busca, treinando a objetividade do olhar com qualidade e presteza. Essa forma de expressão via olhar nos faz mais amplos, mais plenos, mais sutis e cheios de vontade de enxergar o mundo tal e qual a arte nos permita, de forma toda nossa, toda vasta.




Como vasta é a arte, fazer presente a análise e as opções de









Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Botero, Miró e outros (nas suas manifestações nas telas) só fizeram ampliar o desejo de uma percepção mais completa, de um ser mais crítico através do olhar, e assim como esses grandes gênios, pensar o foco como um visor de uma câmera fotográfica. E através desse olhar perceber suas diferenças, escolhas e maneiras de pintar. Assim o fizeram, assim focaram os olhares curiosos, assim exercitaram com um bla bla bla inteligente. Manifestaram no diálogo suas impressões.


Tarde quente, dançamos com colchonetes, sempre após deliciosos alongamentos e expansivas respirações em U para o corpo e a mente entenderem, aprenderem e apreenderem as riquezas de uma feliz respiração, dando mais e mais vida aos pulmões, diafragmas; ao ser humano no contexto geral. Isso mais do que bom é uma necessidade cotidiana que estamos buscando fazê-los entender.









Museus, estátuas, Rodin, o pensador, o homem fisicalizado de forma eterna, escultural, óbvia e deliciosamente abstrata. Fizemos todos juntos uma viagem teatral a Paris, Madrid, Grécia e visitamos essas preciosidades da criação de grandes escultores. Assim suprimos parte de nosso desejo de consumir o homem no melhor de si, suas inspirações recheadas de sensibilidade e criatividade. Em trabalho coletivo, com vários grupos, eles se transformaram nesses seres inventados por tais inspirações, e nas subjetividades dessas expressões passearam no transformar o abstrato em cotidiano, dando vida ao fenômeno teatral, à mágica dessa fabulosa fábrica de sonhos que chamamos teatro. Surgiram assim casais em praias, jovens em baladas, casa de amigas, galinheiros em fazendas... Isso mesmo, os Museus europeus invadindo nossas criações e sendo invadidos por nossas inspirações, transformando nossas vontades em circunstâncias lúdicas (porém palpáveis, próximas, cotidianas) em Teatro. A Vida é sonho! Calderón de La Barca.

Mas o foco como disse, sempre nos revisitando, se mostrou necessário novamente. E todos buscando ver as coisas em grupo no mundo abaixo e dentro do CEU, saíram à caça de focos em comum, saíram da sala para fazer suas observações e desenhá-las em três sequências de foco. Era ele, mais uma vez conosco deixando claro a necessidade de ser captado.

E para finalizar, fomos ver que focos, quais necessidades, desejos e vontades estavam sendo aguçados nos alunos e arte-educadores de outras salas, e fomos apreciá-los!!


Na nossa reunião de sexta também falamos da necessidade de continuarmos com as estratégias de divulgação do PIA.

Do desejo que temos de que os pais compreendam a importância dos alunos trazerem lanches saudáveis. Marcamos uma reunião com eles para abril.

E da vontade geral que temos de aumentar nosso quadro de alunos depois do levantamento feito de quantos estamos atendendo nas redes municipal, estadual e particular.


Tudo vai se acabar bem e feliz, pois o importante para realizar é ter desejo, necessidade e vontade!

Salve Titãs.

Salve nós!

Régis e Aira