domingo, 30 de agosto de 2009

Sensações e não sentimentos e Fé Cênica

Nova fase, momento de falarmos do que vem na sequência, após a conscientização de conflitos e vontades e contra-vontades, o aluno já assimilou na prática o papel da respiração na vida física do interprete, o quanto é fundamental a compreensão e o exercício desta consciência na cena.


Agora, estamos num novo momento, uma nova investgação, o passo seguinte é aliar estados emocionais, conflitos, vontades e contra-vontades, rubrícas de cada personagem em nosso corpo de forma a entendermos tudo isso como sensação física que alteração o corpo através da respiração e não sentimentos. Assim se deu a aula, com vários exercícios, o entendimento do corpo com suas dimensões opostas, corpo alto-pequno, grosso-fino, rápido-lento, quante-frio, leve-pesado, e através desses antônimos como aquecimento, eles foram longe em várias outras vertentes desse pensamento e se divertiram nesse caminho.


Falamos e exercitamos bastante também a fé cênica, como trata Constantin Stanislavsk. O ator tem que saber o que faz em cena, como se move, para onde olha, qual sua condução fisica e psicológica na cena, no momento da atuação, dai iremos compreender a importância do sub-texto; que vem a ser estar pensando ao agir, pensar no que te motiva e motiva a personagem, te provoca e também a personagem, e também o pensamento no sentido mais técnico da questão, ou seja, é pŕeciso sabermos, para onde andamos, para onde olhamos, o que tiramos daqui e colocamos ali, onde? Com que gesto? Qual precisão? Isso requer atenção, respiração, concentração, memória!


Assim, através de objetos, adereços e figurinos, trazidos por todos, montamos:

  • Uma grande feira para exercitar a venda, o convencimento, a argumentação em torno da improvisação.
  • Cada um se vestindo, mais pensando no que veste, o que escolhe porque escolhe, o que dispensa, seus porques, enfim se produzem totalmente, após essa produção o exercício de escrever, pontualmente o que fez, o que escolheu e dispensou e seus porques.
  • Trabalhamos também a ressignificação desses objetos trazidos, transformando-os em objetos cênicos que não sejam o que realmetne são, e assim exercitar o auto-convencimento desta transformação e lidar com ele neste plano do faz de conta, com convencimento. Foi interesantíssimo.
  • Por fim, cada um trouxe um objeto esdrúxulo e tinha que improvisar uma venda, dar mil e uma possibilidades de utilização deste produto em algo muito bom e importânte para a sua vida, a medida que fala, todos os demais presentes, iam questionando o vendedor, perguntando, mudando o rumno da abordagem com provocações a cerca do tal produto, um grande exercicio de criatividade, improvisação, argumentação e claro, fé cênica.
Foi tudo muito bom e acredito num vasto caminho de possibilidades de criações futuras.



Régis Santos

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