segunda-feira, 30 de março de 2009

Desejo, Necessidade, Vontade!!!

Falar pode ser um desejo...
Pintar uma necessidade...
Desenhar uma vontade...
Ter foco, outro desejo...
Se relacionar com o coletivo uma necessidade...
Transformar o abstrato em cotidiano pode ser outra vontade...
Apreciar a criação dos outros, um desejo...
Refletir e ter senso crítico, mais uma grande necessidade...
Se alimentar com arte, uma grande vontade...

Nessa semana nossas duas turmas de 13 e 14 anos exercitaram todos esses estados.

Manhã de sol e a turma, em sequências de exercicios de blablação, treinou o falar, o diálogo, a expressão da fala, dando à ela o valor ímpar e sutil que tem, revendo suas qualidades, dando mais vazão à escuta de si, para si mesmo e para o outro, prestando mais atenção nas imagens geradas por suas próprias palavras e entendendo melhor o papel do corpo nessa importante necessidade: o falar!

Ainda revisitando, como faremos por um bom tempo, esteve presente o foco, aquele olhar de detetive, atento ao que se quer, ao que se busca, treinando a objetividade do olhar com qualidade e presteza. Essa forma de expressão via olhar nos faz mais amplos, mais plenos, mais sutis e cheios de vontade de enxergar o mundo tal e qual a arte nos permita, de forma toda nossa, toda vasta.




Como vasta é a arte, fazer presente a análise e as opções de









Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Botero, Miró e outros (nas suas manifestações nas telas) só fizeram ampliar o desejo de uma percepção mais completa, de um ser mais crítico através do olhar, e assim como esses grandes gênios, pensar o foco como um visor de uma câmera fotográfica. E através desse olhar perceber suas diferenças, escolhas e maneiras de pintar. Assim o fizeram, assim focaram os olhares curiosos, assim exercitaram com um bla bla bla inteligente. Manifestaram no diálogo suas impressões.


Tarde quente, dançamos com colchonetes, sempre após deliciosos alongamentos e expansivas respirações em U para o corpo e a mente entenderem, aprenderem e apreenderem as riquezas de uma feliz respiração, dando mais e mais vida aos pulmões, diafragmas; ao ser humano no contexto geral. Isso mais do que bom é uma necessidade cotidiana que estamos buscando fazê-los entender.









Museus, estátuas, Rodin, o pensador, o homem fisicalizado de forma eterna, escultural, óbvia e deliciosamente abstrata. Fizemos todos juntos uma viagem teatral a Paris, Madrid, Grécia e visitamos essas preciosidades da criação de grandes escultores. Assim suprimos parte de nosso desejo de consumir o homem no melhor de si, suas inspirações recheadas de sensibilidade e criatividade. Em trabalho coletivo, com vários grupos, eles se transformaram nesses seres inventados por tais inspirações, e nas subjetividades dessas expressões passearam no transformar o abstrato em cotidiano, dando vida ao fenômeno teatral, à mágica dessa fabulosa fábrica de sonhos que chamamos teatro. Surgiram assim casais em praias, jovens em baladas, casa de amigas, galinheiros em fazendas... Isso mesmo, os Museus europeus invadindo nossas criações e sendo invadidos por nossas inspirações, transformando nossas vontades em circunstâncias lúdicas (porém palpáveis, próximas, cotidianas) em Teatro. A Vida é sonho! Calderón de La Barca.

Mas o foco como disse, sempre nos revisitando, se mostrou necessário novamente. E todos buscando ver as coisas em grupo no mundo abaixo e dentro do CEU, saíram à caça de focos em comum, saíram da sala para fazer suas observações e desenhá-las em três sequências de foco. Era ele, mais uma vez conosco deixando claro a necessidade de ser captado.

E para finalizar, fomos ver que focos, quais necessidades, desejos e vontades estavam sendo aguçados nos alunos e arte-educadores de outras salas, e fomos apreciá-los!!


Na nossa reunião de sexta também falamos da necessidade de continuarmos com as estratégias de divulgação do PIA.

Do desejo que temos de que os pais compreendam a importância dos alunos trazerem lanches saudáveis. Marcamos uma reunião com eles para abril.

E da vontade geral que temos de aumentar nosso quadro de alunos depois do levantamento feito de quantos estamos atendendo nas redes municipal, estadual e particular.


Tudo vai se acabar bem e feliz, pois o importante para realizar é ter desejo, necessidade e vontade!

Salve Titãs.

Salve nós!

Régis e Aira

domingo, 29 de março de 2009

sexta-feira, 20 de março de 2009

Planos Visuais


Turma de 13 e 14 anos

Depois de nosso corpo presente e preparado para as atividades, tivemos uma conversa relembrando nossas criações teatrais da aula passada além de sinalizar pequenos conceitos adquiridos com todos aqueles exercícios.

É possível pensar essas mesmo planos agora nos desenhos? Surgiram caras de dúvidas e por fim um 'sim'! Será que poderíamos representar os planos presentes em nosso campo de visão? Nossos olhos funcionariam como visores, como os da máquina de fotografar e depois de escolhermos um cenário naquele ambiente do CEU desenharíamos esses planos.

Cada um fez dois desenhos, e juntos pelo espaço escolhido nos desenhos, conversamos a respeito das produções. Como apareciam os planos? Será que falta alguma coisa aqui? Olha as diferenças nos traços! Desenhos diferentes de um mesmo lugar....!

Como havíamos prometido na aula passada e o tempo não permitiu, fizemos o jogo do 'Detetive' para estimularmos os fotos através dos olhares e depois 'O que você faria se' como estímulo de criações coletivas.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Atenção! FOCO !

Turma de 13 e 14 anos

Nossa turma está criando uma cara, uma identidade. Nós estamos nos esforçando para estabelecer um ambiente democrático e de muito diálogo entre nós educadores e os alunos. Gastamos bastante tempo estabelecendo novos acordos ou mesmo relembrando os "antigos". Também é um espaço opniões e mudanças.

Começamos sempre preparando nosso corpo para as atividades. A importância de um corpo atento e presente aos exercícios. Assim como uma respiração correta e relaxada.

Trabalhamos exercícios de "foco" para repensarmos essa maneira de olhar por exemplo em uma cena teatral. Também se fala agora em 'estado de prontidão' para assim se perceber naquele espaço além de notar o outro também naquele lugar.



Plano Baixo, Médio e Alto: hora de exercitar todas essas possibilidades de planos que nosso corpo ocupa. Ações cotidianas em planos foram feitas nas diagonais da sala.

Depois partimos para uma cena curta em três grupos sorteando um plano por grupo. Antes de acontecerem as criações, conversamos a respeito do ONDE, O QUÊ e QUEM que estariam presentes nestas cenas. Era importante estar atento ao espaço teatral imaginário mas que existiria naquele exercício: coxias, palco, platéia...

Estimulamos a criação de uma platéia ativa! Questionadora e observadora das cenas apresentadas. Cada um teve ter um ponto de vista e da mesma maneira respeitar o pontos diferentes presentes alí.



Tivemos cenas dentro de um ônibus(alto), em um lago(baixo) e em uma quadra de basquete(médio).

sexta-feira, 6 de março de 2009

um Foco.

Turmas de 12 e 13 anos, manhã e tarde.

Depois desse período de férias e festas agora nosso planejamento passará para marchas mais rápidas. As turmas estão se configurando e muitos pré adolescenstes já estão mais a vontade conosco.

Iniciamos as aulas com as duas turmas estabelecendo os combinados a respeito das dinâmicas que adotaríamos em sala e com o grupo. Juntos pensamos sobre o espaço de aula, a roupa adequada para os exercícios, nossa postura, pontualidade, liberdade e respeito.

Iniciamos então a partir de uma longa explanação sobre nossa 'respiração'. Como se movimenta esse ar, a melhor maneira de aproveitá-lo, como funciona uma respiração correta propícia para exercícios de palco e movimentação. Os alunos experimentaram essa respiração que posteriormente chamamos de "U" por causa do movimento que o ar faz em nosso corpo. Foi muito interessante entendermos a teoria e a prática desse conteúdo.

Nosso exercício seguinte explorou intensamente o trabalho de foco e concentração com o corpo. Como nosso corpo poderia se portar quando se exigia um foco importante? Os focos em cena eram precisos e marcantes, os alunos puderam perceber o próprio progresso que alcançaram no desenvolver do exercício das bolinhas que fizeram. Terminamos com um corpo mais atentos e preparado para o olhar.




No segundo momento da aula nós propomos exercício de desenho que também explorasse o tema do foco. Conversamos sobre a atuação do foco agora nas artes visuais. Como poderíamos pensar esse foco? Uma máquina de fotografar também trabalha com focos? Como nosso corpo perceberia esses focos?

Saímos pelo espaço do CEU com folhas de papel de pequenas dimensões escolhendo focos pessoais e traduziríamos nos desenhos. Quatro desenhos, quatro focos diferentes.



A produção foi muitíssimo rica e sequencialmente conversamos a respeito dessa primeira produção. Analisamos cada desenhos salientando traços, escolhas, temas, perspectivas e pensando sobre o material escolhido ( uma turma usou tinta e a outra giz- ainda nos faltam alguns materiais importantes mas adaptamos com que temos)




Régis e Aira